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Psicomotricidade Relacional nas Organizações de Trabalho

A Psicomotricidade Relacional aplicada como técnica de desenvolvimento de recursos pessoais nas organizações vem sendo largamente, utilizada para aprimorar o potencial humano nas ações de seu cotidiano, interferindo positivamente, na prevenção de saúde mental do trabalhador. O início desse trabalho foi realizado na América do Norte, no ano de 1989 pelo Analista Corporal da Relação, Professor José Leopoldo Vieira, para profissionais do LCDC – Language and Cognitive Development Center – Boston/Estados Unidos.
No Brasil, as primeiras experiências voltadas para esse tema foram introduzidas pelo Professor, trabalhando com grupos específicos em Educação e Saúde.
Atualmente, essa prática tem se estendido a diversas empresas de pequeno e grande porte tais como: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Procuradoria Geral do Estado, Universidades, Hospitais, Secretarias Estaduais de Educação e vários segmentos da indústria e do comércio.
As organizações de trabalho, de um modo geral, vêm investindo de maneira intensa na melhoria da qualidade profissional de seus funcionários almejando a excelência dos serviços prestados.
O ser humano que faz, necessita estar num permanente contato com seu desejo de construir, sentindo-se capaz de realizar com prazer o seu trabalho. E, para lidar de forma equilibrada com a relação de poder, é importante investir no desenvolvimento de suas qualidades pessoais tais como: autenticidade, coragem, autoconfiança, afetividade, disciplina, compromisso, flexibilidade e integridade. Essas qualidades, por sua vez, representam a base das estruturas das relações pessoais e grupais, que sedimenta o trabalho dos profissionais que fazem a empresa.
Assim, considerando que o profissional não é neutro, visto que se compromete, inteiramente, com a posição que ocupa naquilo que acredita com o que diz e faz com que é; e “pensa” que é. Conforme o tom de voz que adota, o olhar que lança gesto que esboça, a sua mensagem adquire um valor específico para o conjunto de pessoas, assim como também, há uma ressonância particular para alguns deles.
Sabe-se que o pleno desenvolvimento emocional oferece o maior grau na concretização de todo potencial humano e que o equilíbrio nas relações de trabalho, numa perspectiva ampla, é o resultado de um processo comunicativo autêntico que desemboca na auto-afirmação do indivíduo e no valor de cada um dos elementos implicados nesse processo. Essa auto-afirmação compreende um conhecimento e uma aceitação de si mesmo, e, sobretudo do outro.
Acreditamos ainda não ser preciso, que o sujeito, situação ou objeto, supostamente, causador do conflito, esteja dentro da dinâmica, para resolvê-lo, pois o que se vive na dimensão simbólica, provoca ressignificações internas, vividas de forma muito pessoal. É uma reflexão interna que terá repercussões em sua vida e na equipe de trabalho.
A Psicomotricidade Relacional, no âmbito das organizações de trabalho, centra-se, essencialmente, sobre a relação, isto é sobre a observação e análise do que se passa quando pessoas entram em comunicação com outras pessoas. Nos dias atuais, a qualidade de comunicação está cada vez mais mediada por uma dinâmica relacional mais ou menos saudável, onde qualquer falha ou ruído    provoca interferências significativas no desenvolvimento de qualidades pessoais essenciais ao acesso do conhecimento e ao sucesso em todos os empreendimentos, tanto pessoais do trabalhador, do ambiente social, quanto da organização de trabalho.
Desta forma, a Psicomotricidade Relacional, nas organizações de trabalho, estimula seus funcionários a perceberem a importância de se questionar a respeito de seus sentimentos e emoções no dia-a-dia, pleno de agitação e desconforto e que é preciso um tempo para parar, marcar um encontro consigo mesmo e com o outro, um tempo para autodescobertas, longe das pressões e exigências sociais, para que as relações sejam reaprendidas ou ressignificadas através de uma comunicação não verbal. Esse crescimento progressivo em termos de poder e autenticidade, faz com que o encontro de pessoa para pessoa aconteça com um forte sentimento de equilíbrio e sinergia, desencadeando atitudes confiantes, criativas e comprometidas, fortalecendo, a qualidade e a excelência humana no âmbito organizacional.
 
ARTIGO EXTRAÍDO DO LIVRO:
PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL : a Teoria de uma Prática
Autores: J. Leopoldo Vieira ; Maria Isabel Bellaguarda Batista; Anne Lapierre[pb_builder]

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