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Psicomotricidade relacional na escola

Pais e professores constantemente relatam que muitos filhos e alunos apresentam distúrbios de aprendizagem, não conseguem aprender, tem dificuldades para expressar-se, são fechados para o mundo. Muitas crianças e adolescentes que não dominam a linguagem verbal ou escrita podem expressar-se pelo corpo; seus medos, seu prazeres corporal, compartilhando-os.
Na primeira infância, já se deve começar a trabalhar a expressão da criança, pois muitos dos conflitos têm manifestação no início de vida. A necessidade mais profunda da criança, como a de todo ser humano, [e a de ser escutada, inclusive na intimidade dos sentimentos que, para ela mesma, não são conscientes.
O trabalho com essa faixa etária/esse período de vida revela-se positivo na medida em que pode liberar um certo número de tensões. Por exemplo, a agressividade que, de início, é aparentemente gratuita e simbólica, perde seu valor quando o adulto permite à criança a possibilidade de colocar seu corpo a disposição, permitindo que exprima seus desejos, livremente, liberando suas fantasias, estabelecendo uma relação de meiguice.
A Psicomotricidade Relacional vem ao encontro de tudo isso, pois é uma prática educativa de valor preventivo que possibilita um tempo e um espaço onde a criança, de forma espontânea e criativa, possa expressar, com liberdade e autenticidade, todo o seu potencial motor, cognitivo, afetivo, social e relacional, para, a partir daí, melhorar o desenvolvimento global de sua aprendizagem, de sua capacidade de adaptação social e afetiva.
Por meio de trabalhos em grupos, em que se privilegia a comunicação não verbal, a psicomotricidade relacional na escola proporciona:

  • o despertar para o desejo de aprender;
  • a prevenção de dificuldades de expressão motora, verbal e gráfica;
  • a elevação do desempenho e da produtividade na aprendizagem em geral;
  • o desejo para a integração em grupos sociais elevando a capacidade da criança para enfrentar situações novas e criar estratégias positivas para se colocar melhor em seus grupos de pertinência;
  • o estímulo para o ajuste positivo da agressividade, da inibição, do s limites, da frustração, dos medos, da dependência, afetividade, auto-estima, entre outros distúrbios de comportamento.

Bernadete Mecabô Hermes – Orientadora Educacional do Colégio São José, para matéria publicada em impresso. 
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