Nos dias atuais, diante desta fase de adaptação que o Brasil vem passando, vários educadores e gestores educacionais se vêem frente às necessidades de mudanças que atendam as expectativas de um mercado cada vez mais exigente e competitivo.
Passam a investir maciçamente em tecnologia da informação, aplicam recursos e mais recursos em reestruturação e se vêem confusos diante de tantas opções pedagógicas que funcionam, mas nem sempre atingem os resultados esperados: o aumento nos índices de aprendizagem dos alunos. Então o que fazer? Talvez seja mais simples do que se imagina.
Quem sabe, um novo olhar sobre os valores humanos, investindo diretamente na formação pessoal dos educadores e demais profissionais que atuam na escola, oferecendo condições para mudanças de paradigmas e na busca de uma melhor qualidade de vida.
Seria lugar comum afirmarmos que a responsabilidade pelo sucesso escolar do aluno depende exclusivamente da capacidade didática do professor, como nos fazem crer alguns manuais pedagógicos.
Situações estressantes, carregadas de responsabilidade, despertam nos educadores, nos gestores educacionais e nos funcionários, de modo geral, tensões afetivas, de ansiedade e de angústia. Para a qualidade do ensino se fazer presente, faz-se necessário vivenciar a segurança de uma relação autêntica com seus colegas de trabalho, com seus superiores, com alunos e com os pais, para que possam encontrar respaldo para as dificuldades, permitindo-se criar soluções alternativas para as diversas situações do dia-a-dia.
No momento em que os educadores percebem a importância de se questionarem a respeito de seus sentimentos e emoções, plenos de agitação e stress é preciso um tempo para parar. Marcar um encontro consigo e com o outro; um tempo para auto descobertas, longe das pressões e exigências sociais. A vivência, numa abordagem relacional, possibilitará tomar consciência de alguns dos sentimentos envolvidos nas relações e facilitará a chegada ao conceito de qualidade total.
O trabalho realizado pelo CIAR em Psicomotricidade Relacional não é uma proposta voltada para o progresso de adquirir conhecimento sobre o modo de ter, mas sim, para as possibilidades sobre o modo de ser. É fundamentado na ação, levando-se em consideração a linguagem corporal e suas analogias vivenciadas espontaneamente. Facilita aos educadores e gestores educacionais uma comunicação baseada no respeito e na descoberta, onde a disponibilidade do ser permitirá a libertação do desejo de comunicar com confiança e autenticidade, melhorando, assim, seu desempenho na função de educar e formar cidadãos protagonistas de suas histórias.
José Leopoldo Vieira[pb_builder]